sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Isto às vezes é como quem não quer a coisa, mas quer.

"Nem penso nisso, hipótese remota, que disparate!"

Mas às tantas essa ideia na qual nem pensas, que é uma hipótese remota, um perfeito disparate começa a formigar-te.

Calas-te porque não consegues dizer em voz alta, nem para ti.
Com alguma sorte, escreves. Mas assim ao de leve. Sem dizer ao certo, sem comprometer.

Porque querias, sem nunca ter admitido. Porque esperavas, sabendo que na vida não é como na sala de espera do dentista. "Chegou a sua vez" ouvimos ninguém para nós.

Não digo.
Não digo que quem me dera fosse possível. Não digo que queria mesmo. Não digo que me apetece. Não digo que há alguma coisa que deixo por dizer.

Não digo umas vezes para não ser fraca. Outras para não ser puta.Outras para não ser tão somente má.

E se dissesse?

(...)

Quem me dera que não tivesses alguém e essas insinuações fossem mais que a minha pura imaginação. Mesmo sem te conhecer bem. Vem aqui ao pé de mim que eu mordo.

Olha..já disse!

1 comentário:

  1. Eu pore mim admito tudo... sou um desbocado!! :)
    Mas também é um "mal generalizado" não admitir as coisas, ter defesas, etc. Se vires o meu blog, falo um pouco dessas coisas!!

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